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Rapid Shutdown / desligamento rápido já é obrigatório com a norma NBR 17193

  • engelesert
  • há 5 horas
  • 3 min de leitura

Publicado em 03 de julho de 2025


O termo Rapid Shutdown (RSD) / Função de Desligamento Rápido (FDR) está rondando as conversas dos integradores brasileiros. É uma função que já existe há muito tempo, mas que entrou em evidência com a recente publicação da norma NBR 17193:2025 - Segurança Contra Incêndios em Instalações Fotovoltaicas — Requisitos e Especificações de Projetos — Uso em Edificações.


Vamos analisar sua função, a obrigatoriedade no Brasil e a história da sua inclusão nas normas.


Objetivo do Desligamento Rápido

Como o próprio nome sugere, o RSD é um sistema de desligamento rápido com o intuito de reduzir a tensão do conjunto a um nível seguro. Atualmente, a regulação de segurança NEC690.12 possui requisitos para RSD de inversores fotovoltaicos. No Brasil a ABNT NBR 17193:2025 está homologada como norma responsável sobre as premissas de segurança que abrangem o desligamento rápido de um sistema fotovoltaico, em outras palavras a função RSD.

Conforme indicado na ABNT NBR 17193:2025 os circuitos que devem ter a tensão controlada pelo RSD são os circuitos CC do sistema fotovoltaico e os circuitos de saída em corrente alternada (CA) que estiverem dentro do limite do arranjo (definido com 300mm do arranjo em todas as direções).

Ainda como indicado pela norma, os circuitos CC do sistema fotovoltaicos que estiverem fora do limite do arranjo devem reduzir sua tensão para até 60Vcc em até 30 segundos após a inicialização do RSD. Enquanto os circuitos CC que estiverem dentro do limite do arranjo devem reduzir sua tensão para até 120Vcc 30 segundos após a inicialização do RSD.


Tecnologia

Há três tecnologias disponíveis para assumir a função de desligamento rápido:

  1. Micro inversores recebem sua energia diretamente dos módulos, em corrente contínua e a transformam em alternada. Eles desligam a saída em corrente alternada quando o disjuntor é desarmado.

  2. Otimizadores de potência transformam a corrente contínua na entrada em corrente contínua na saída. A maioria deles reduz a tensão de saída quando não recebe um sinal do inversor ou transmissor centralizado.

  3. Dispositivos FDR trabalham de forma similar a otimizadores - eles aguardam o sinal de um transmissor central para repassar a energia dos módulos conectados a eles. Neste momento se encontram modelos que atendem a um ou dois módulos.


Obrigatoriedade 

A norma 17193 trata de edificações de todos os tipos, para construções novas e reformas. Uma norma não tem vigor de lei, mas ela costuma ser usada como referência em questionamentos jurídicos. O integrador que decide não aplicar a norma deve responder à pergunta "porque não aplicou?" e poderá ser cobrado em caso de incidentes associados, no nosso caso, incêndios.

A norma pode ser aplicada também pelos bombeiros na hora de emitir ou renovar um alvará.


História

A norma foi criada com propósito de unificar a nível nacional exigências divergentes impostas por bombeiros a nível estadual. Ela estava sendo elaborada por uma comissão do ABNT, e foi publicada antes da conclusão das discussões, conforme relato de alguns membros. 

Do setor de energia solar vieram os seguintes questionamentos:

  • Faltam normas nacionais e internacionais para o FDR, com ensaios de homologação, indispensáveis para comprovar a eficácia de um determinado dispositivo;

  • O uso do FDR aumenta a quantidade de conexões no sistema fotovoltaico e a quantidade de eletrônica espalhada pela cobertura. Ambos contribuem para um maior risco de incêndio;

  • As experiências internacionais não comprovam o benefício do FDR;

  • O mercado brasileiro não estava preparado, com estoque suficiente para atender aos integradores;

  • Os bombeiros já contam com técnicas para apagar incêndios em instalações energizadas, que são aplicadas corriqueiramente devido ao risco de encontrar ligações clandestinas.


Revisão da norma

As conversas sobre a norma foram retomadas, mirando: 

  • analisar no contexto internacional o benefício realmente alcançado por essa função;

  • definir um cronograma de inserção no mercado, começando pela homologação e pela criação de estoques nas distribuidoras;

  • a exigência em instalações existentes precisa ser adequada à viabilidade econômica e técnica;

  • tornar a legislação uniforme a nível nacional.

 
 
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